Data: 19 de Novembro
Local: Complexo Funarte São Paulo
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos - 01216-001
Horário: 16h00 às 16h45

Sabe-se que 59% dos distritos da cidade de São Paulo não possuem espaços de cultura, como apontou o Mapa da Desigualdade da Rede Nossa São Paulo, em 2022.
E no que amplia o debate para o Brasil, o Ipea constatou que 70% da população brasileira nunca foi ao museu ou a um centro cultural. Mas por quê?

No eixo Rio-São Paulo Anderson Hope, Douglas Dobby e Léo Araújo trazem para o Circuito um pouco do seu dia a dia enquanto artistas e também agitadores culturais, fazendo movimentações nos bairros mais afastados da região central ou carentes de equipamentos de cultura.
Anderson Hope
Foi pintando as paredes do bairro da Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, que Andy, como também gosta de ser chamado, consagrou sua habilidade em desenhar personagens. Um hábito passado de Pai para filho aos 6 anos.
Daí então o artista, e também Pastor Evangélico, mergulhou no universo das exposições e das ações sociais. Entre casa, rua, igreja, galerias e o futebol que joga quatro vezes por semana, vai transformando seu território em um lugar melhor, articulando e fazendo arte onde acha que faz falta.

Foi pintando as paredes do bairro da Cidade Tiradentes, na Zona Leste, onde nasceu e vive, que Andy, como também gosta de ser chamado, consagrou sua habilidade em desenhar personagens inspirados nas expressões humanas, com os simbólicos cachecóis e toucas, sua “mensagem de paz”.
Trabalhador desde os 13 anos, o artista foi resistente em conceber a ideia de sair do mercado de trabalho formal para viver de Arte. Até ser demitido e entender que era possível.
"PODER PARTICIPAR DESSE CIRCUITO ME FEZ ENTENDER QUE CADA VEZ MAIS
PRECISAMOS UM DO OUTRO"
Douglas Dobby
Cria do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, coleciona experiências com trabalhos voltados à fotografia e audiovisual. Dobby está à frente da “Casa Amarela Providência”, um Centro de Educação e Arte idealizado pelo artista francês JR e o fotógrafo brasileiro Maurício Hora.

O espaço tem como objetivo principal colaborar com o desenvolvimento do território sobre o que diz respeito ao acesso e produção de arte e cultura, com oficinas e propostas educacionais voltadas ao setor.
Léo Araújo
Foi criando referências a partir do cotidiano vivido no bairro de Santo André que Léo foi expondo seu imaginário para o mundo, multiplicando personagens, escritas e cenários.

O estilo lúdico é a principal característica do seu trabalho, que propõe um diálogo entre arte e cotidiano em pinturas e murais nos lugares por onde passa.
Participou de eventos importantes em países como México e Colômbia e é um dos articuladores da Macacolândia Ateliê, um espaço focado em produção artística no ABC Paulista.

Ressignificar o acesso aos espaços de cultura é algo latente. No circuito artístico, então, ainda mais... Galerias e Museus parecem idealizados para serem inacessíveis à população negra e periférica. É muito comum ouvir sobre “a falta de conforto” nesses lugares.
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