Data: 22 de Novembro
Local: Praça das Artes
Endereço: Av. São João, 281 - Centro Histórico de São Paulo - 01035-000
Horário: 13h00 às 15h30

Fernanda Bueno; BAILARIA, em caixa alta! Com formação em dança por meio dos equipamentos e escolas públicas de dança. Equipamentos gratuitos e principalmente acessíveis para pessoas moradoras dos bairros mais afastados do grande centro.
Vinda do extremo leste da cidade foi a movimentação pelo aprendizado da dança que foi atravessando e, por consequência, sendo atravessada pela cidade.
Dançarina, coreógrafa, jornalista e especialista em Políticas Públicas Culturais com formação pela FGV. Hoje Fernanda está como Coordenadora Artística-Administrativa do Balé da Cidade de São Paulo, onde enxerga na Gestão Cultural a possibilidade de transformar os cenários sociais, por isso tem direcionado seu olhar ao desenvolvimento das políticas públicas culturais.
Mais recentemente colaborou com os diálogos que ocorreram na XVI Edição Fórum Nacional de Dança, que reúne, discute e promove ações acerca do setor da dança no Brasil. E além do que tem construido em território nacional, também foi representar o Brasil na Swiss Dance, o relevante Festival de dança que acontece a cada dois anos na Suíça. Para a BAILARINA a maior bagagem adquirida nesse intercâmbio foi
“a referência de práticas e trocas positivas na construção de políticas públicas entre instituições que corroboram para a continuidade do fazer…”

Durante o Circuito, os Residentes convidados conheceram o Theatro Municipal, um dos espaços mais importantes para a história da Arte paulistana, (quiçá brasileira).
No Municipal o trajeto ficou por conta de Dayana Correa da Cunha, Supervisora de Arte Educação no Theatro Municipal, o histórico e centenário espaço de relevância que molda a história da arte brasileira até os dias de hoje, como palco de grandes manifestações artísticas e culturais.
"Então é um ponto muito curioso pensar que o nome do projeto é Arte Não É Privilégio, mais aqui quando a gente pensa um pouco a história desse lugar, a gente pensa em um lugar onde isso era sim um privilégio. Estar aqui dentro era um privilégio. E cada vez mais a gente quer pautar que é o nosso direito estar aqui dentro, porque ele é um prédio que foi construído com dinheiro público".
FOTOS: Sato do Brasil
Na Praça das Artes, o grupo apreciou parte do ensaio do Balé da Cidade, hoje com Direção Artística de Alejandro Ahmed. A companhia do Municipal já presenteia o público há mais de 50 anos com seus espetáculos de dança contemporânea no palco do Theatro Municipal.
Depois o grupo participou de uma dinâmica com o corpo, uma convivência proposta por Fernanda em uma das salas das mais aclamadas escolas de dança da capital, a Escola de Dança de São Paulo.
FOTOS: Sato do Brasil
E o encontro com Arte Urbana acontece quando conhece Pagu, no instante em que juntos passam a observar e estudar a relação da Arte de Rua com o poder público. Desde então vem propondo ações que consolidam a importância que a arte tem com e para a cidade, idealizando Projetos como a PL379/2020, que busca reconhecer a cidade como uma grande galeria de arte à céu aberto, como Coordenadora do Museu CÉU, desenvolvendo projetos que ampliam o debate sobre o direito à arte e a frente das intervenções artísticas do Movimento civil, transitório e pontual de manifestações artísticas públicas: Nós Artivistas.

E naquilo que é permitido dizer no tempo de agora, esse encontro é daqueles que perpassa esse tempo. Pagu e Fernanda são um casal daqueles fortes demais, bonitos demais e incríveis demais. Que movimentam algo muito maior e que vai se tornando palpável daqui pra muito tempo, é aquilo que registra, é aquilo que escreve o tempo... Aquilo que vai ser estudado, analisado e debatido daqui cem anos, e mais... É uma parte da história da arte brasileira sendo contada.
FOTOS: Sato do Brasil
Comments